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Juramento de Hipócrates


Eu juro, por Apolo, médico, por Esculápio, Higéia e Panacéia, e tomo por testemunhas todos os deuses e todas as deusas, cumprir, segundo meu poder e minha razão, a promessa que se segue: estimar, tanto quanto a meus pais, aquele que me ensinou esta arte; fazer vida comum e, se necessário for, com ele partilhar meus bens; ter seus filhos por meus próprios irmãos; ensinar-lhes esta arte, se eles tiverem necessidade de aprendê-la, sem remuneração e nem compromisso escrito; fazer participar dos preceitos, das lições e de todo o resto do ensino, meus filhos, os de meu mestre e os discípulos inscritos segundo os regulamentos da profissão, porém, só a estes.

Aplicarei os regimes para o bem do doente segundo o meu poder e entendimento, nunca para causar dano ou mal a alguém. A ninguém darei por comprazer, nem remédio mortal nem um conselho que induza a perda. Do mesmo modo não darei a nenhuma mulher uma substância abortiva.

Conservarei imaculada minha vida e minha arte.

Não praticarei a talha, mesmo sobre um calculoso confirmado; deixarei essa operação aos práticos que disso cuidam.

Em toda a casa, aí entrarei para o bem dos doentes, mantendo-me longe de todo o dano voluntário e de toda a sedução sobretudo longe dos prazeres do amor, com as mulheres ou com os homens livres ou escravizados.

Àquilo que no exercício ou fora do exercício da profissão e no convívio da sociedade, eu tiver visto ou ouvido, que não seja preciso divulgar, eu conservarei inteiramente secreto.

Se eu cumprir este juramento com fidelidade, que me seja dado gozar felizmente da vida e da minha profissão, honrado para sempre entre os homens; se eu dele me afastar ou infringir, o contrário aconteça.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Mamoplastia de Aumento (Prótese de Mama)


Indicação:
A mamoplastia de aumento, conhecida também como cirurgia da prótese de mama, é indicada para os pacientes com mamas pequenas ou que após amamentação tiveram grande redução do volume mamário, sem que houvesse ptose da mama (queda da mama).

Durante algum tempo especulou-se que a prótese de silicone poderia trazer prejuízo à saúde da mulher (câncer de mama, doenças reumáticas, etc.). Após extensos estudos realizados pelos Estados Unidos, ficou comprovada a inexistência destes malefícios.

É recomendável a troca periódica das proteses para se evitar o desgaste das mesmas. Devido à crescente qualidade das proteses, estima-se que a troca deverá ser realizada em torno de 20 anos.

Tipo de anestesia:
Local com sedação, peridural ou geral.

Técnica Cirúrgica:
A prótese de mama pode ser colocada através de 3 incisões diferentes (periareolar = envolta da aréola, submamária = no sulco da mama ou axilar = através da axila). A localização da prótese também pode ser em dois espaços diferentes: embaixo da glândula ou abaixo do músculo.

Cada método tem suas vantagens e desvantagens, devendo ser a escolha feita em conjunto pelo médico e paciente, após discussão sobre os prós e contras de cada técnica.

1. Anestesia local com sedação ou geral.
2. A incisão é feita no local pré determinado (periareolar, submamária ou axilar).
3. Descola-se o plano em que a prótese será colocada, formando um espaço vazio (sob a glândula ou sob o músculo).
4. Insere-se a prótese na mama.
5. Sutura-se a gordura e a pele.


Clique na imagem e veja mais ilustrações.

OBS: Geralmente deixa-se um dreno para que as secreções formadas nos primeiros dias não fiquem coletadas junto à prótese.

Tipos de próteses de mama:
Há vários tipos e modelos de próteses de mama, cada uma com uma indicação dependendo do tipo de mama da paciente e do plano a ser colocado (subglandular ou submuscular).

As próteses de mama podem variar de perfil, de conteúdo e de envoltório. O perfil (forma) pode ser redondo (baixo,moderado, alto) ou anatômico ("gota"), conforme a projeção da prótese. O conteúdo pode ser de silicone ou de soro fisiológico (prótese salina). O envoltório da prótese também pode variar, sendo texturizado ou liso.

A escolha da prótese de mama ideal será feita na consulta médica, quando o cirurgião examinará a paciente e escolherá a melhor prótese para produzir um melhor resultado para o aumento das mamas, que em cada paciente é diferente.

Geralmente no Brasil se escolhe a prótese de silicone, texturizada, redonda ou anatômica.

Tempo de internação:
De 12 a 24 horas.

Pós-operatório:
O pós-operatório da mamoplastia de aumento costuma ser tranqüilo, pouco doloroso. Deve-se evitar esforços com os braços por 1 mês. O dreno é retirado geralmente no 1o ou 2o dia pós-operatório.

Complicações:
Apesar de raras, podem ocorrer: hematoma, infecção, extrusão da prótese, contratura da cápsula que é formada ao redor da prótese e problemas anestésicos.

Resultado definitivo:
O resultado quanto à forma já é bastante evidente no pós operatório.. Durante o primeiro mês há a redução do edema (inchaço) e a cicatrização ganha força. Como toda Cirurgia Plástica, o resultado definitivo da mamoplastia de aumento se dá após os 6 meses, devido ao amadurecimento da cicatriz.

Fonte: http://www.protesemama.com.br/cirurgia/protese-de-mama-mamoplastia-aumento.asp

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Acelere seu metabolismo e queime gorduras

9 passos para acelerar o seu metabolismo
Uma geladeira saudável (como a da foto) é um ótimo começo para o seu projeto de queimar mais gordura já. O resto fica por conta dos ensinamentos das duas nutricionistas americanas que testaram várias atitudes e concluíram o que realmente funciona
por Cida de Oliveira | fotos Alfredo Franco
Nem pense em pular o jantar ou viver de alface… O sucesso do seu plano para dar um fim nas gordurinhas não depende só das calorias que você consome. O metabolismo, ou seja, o modo como o seu organismo transforma essas calorias em energia, tem papel fundamental. “A velocidade com que as calorias são gastas é determinada geneticamente, mas é possível aumentá-la trocando a gordura por massa muscular. Quanto mais músculos, mais rápido e maior é o gasto calórico”, diz o endocrinologista Felippo Pedrinola, de São Paulo.
Esse princípio, aliás, é ponto fundamental do plano criado pelas gêmeas americanas Lyssie Lakatos e Tammy Lakatos Shames, nutricionistas que prestam consultoria a celebridades de Hollywood e a grandes empresas. Muito simples, o programa vai ajudá-la a mudar seus hábitos e perder peso para sempre. A grande sacada é que, durante a elaboração do plano para queimar gordura, Lyssie e Tammy foram cobaias de suas próprias experiências. O resultado está no livro Acelere Seu Metabolismo, que a Editora Best Seller lança este mês. E BOA FORMA antecipa para você, com exclusividade, tudo o que elas descobriram.
O ponto de partida para chegar lá


Escolha os melhores alimentos
 

Os carboidratos são essenciais para um metabolismo rápido. Fornecem combustível aos músculos, ao sistema nervoso e às células do sangue. Sem energia, você fica lenta e a inatividade faz você ganhar peso. As nutricionistas Lyssie e Tammy Lakatos os classificam em:
- Sempre: aqueles de baixo índice glicêmico (que mantêm estáveis os níveis de insulina, evitando o sobe-e-desce da glicose no sangue e afastando a fome por mais tempo). Grãos integrais, legumes, frutas e verduras, todos ricos em fibras e pobres em gorduras, levam mais tempo para ser digeridos e por isso aceleram o metabolismo.
- Às vezes e raramente: eles estão em toda parte. No arroz branco, doce, açúcar, biscoito e bolo. Ao serem refinados, suas fibras são retiradas e dão lugar a açúcar e aditivos, que retardam o metabolismo. Esse grupo, de alto valor glicêmico, é digerido rapidamente. A rapidez engana o cérebro, que sinaliza mais fome em pouquíssimo tempo.
As proteínas ajudam a formar músculos, que consomem calorias mais rapidamente. Além disso, diminuem a velocidade de digestão dos carboidratos. Opte sempre pelas proteínas magras: lagarto, patinho, rosbife, peixe, frango, ricota, cottage, ovo, soja e derivados.
As gorduras são fundamentais para o metabolismo. Retardam a digestão do carboidrato e permitem que a energia seja gasta de forma mais homogênea. São classificadas em:
- Amigas: ajudam a limpar as artérias. Fontes: castanha-do-pará, de caju, amêndoa, amendoim, nozes, pinhão, pistache, azeite de oliva extravirgem, abacate, semente de abóbora, gergelim e girassol.
- Inimigas: entopem as artérias e devem ser evitadas. Fontes: manteiga, chantilly, bacon, lingüiça, margarina e gordura vegetal hidrogenada.

Faça mais refeições (pequenas)


Em vez de café da manhã, almoço e jantar, fracione os alimentos em seis pequenas refeições. O organismo vai perceber que não ficará tanto tempo sem receber comida e, por isso, não precisará economizar e estocar calorias. Em duas semanas, você começa a se sentir mais satisfeita com porções menores de alimentos. A capacidade do seu estômago encolhe cerca de 30%, sua ingestão calórica diminui 10%, seu metabolismo ganha pique e você pode perder até 2 quilos por mês.
É importante prestar atenção às quantidades. Uma porção de alimento (arroz, macarrão, batata) equivale a um punho fechado. O filé de frango ou peixe deve ter o tamanho da sua mão. O filé de carne vermelha deve ser um pouco menor, do tamanho da palma da mão.

Mexa-se e ganhe músculos

Pular corda, cuidar do jardim, subir escadas, lavar o carro, dançar, levar o cachorro para passear, caminhar. A atividade física é essencial na aceleração do metabolismo. Com o passar dos anos, os músculos tendem a encolher e a gordura passa a ocupar o lugar deles. Por isso a musculação é tão importante. A prática de exercícios é responsável por 50% do sucesso no plano de ativar o metabolismo. O professor de educação física e especialista em fisiologia Mauro Cardaci, da Fórmula Academia, em São Paulo, endossa. Ele diz que 1 quilo de massa muscular a mais já é suficiente para tirar o metabolismo do atoleiro.

Acelere a queima de gordura agora!

Gordura saudável, sim; gordura do mal, nem pensar
A nutricionista Tammy, que tem uma dieta saudável e malha bastante, se submeteu a uma dieta rica em gordura. Os carboidratos “sempre”  foram mantidos no cardápio. Mas peixes magros grelhados e saladas temperadas com azeite foram substituídos por fritura. Depois de um mês, ela estava 2,75 quilos mais gorda e sua gordura corporal tinha subido 5,1%. A irmã Lyssie, dona dos mesmos bons hábitos, trocou as gorduras “amigas” pelas “inimigas” por três meses, manteve o sua alimentação saudável e os exercícios. O estrago também foi grande: ganhou meio quilo, o colesterol subiu e o índice de gordura corporal aumentou 0,8%.

Pular o café da manhã retarda o metabolismo

Tammy ficou sem o café da manhã e o lanchinho matinal por dois meses. As calorias das duas refeições foram somadas ao almoço. No começo, o estômago roncava de fome, mas logo se acostumou. No fim do período, sua gordura corporal aumentou 2,9% e ela chegou a engordar quase 2 quilos, apesar de ter mantido o total de calorias ingerido e a mesma rotina de exercícios.

Carboidratos do bem mantêm o metabolismo acelerado


Por quatro semanas, Lyssie aposentou seus costumeiros carboidratos “sempre” e incluiu os “às vezes” e “raramente” nas seis pequenas refeições diárias. Os demais grupos de alimentos e a rotina de atividades físicas foram mantidos. Uma semana depois, ela já sentia fome logo depois de comer. Após quatro semanas, o resultado foi exatamente o que ela esperava: seu índice de massa corporal (músculos, gordura, água e ossos) subiu 3,5% e o vestido que usaria numa festa não lhe caiu tão bem assim.
Bom carboidrato vai bem com proteína magra em todas as refeições
Nessa experiência, o café da manhã de Lyssie (leite de soja, cereal integral e fruta), foi substituído por um omelete de claras com queijo magro (nada de carboidrato), com o mesmo número de calorias dos três outros alimentos. Pela manhã ficava satisfeita, mas ao longo do dia, fraca. Não suportou mais que 21 dias: se sentia preguiçosa, cansada e com uma vontade louca de comer qualquer tipo de carboidrato. Aumentou sua gordura corporal em 1% e perdeu massa muscular porque a fadiga não a deixava completar o programa habitual de musculação.

Comer com freqüência enxuga as gordurinhas

Ao longo de seis semanas, Tammy comeu só três grandes refeições por dia, concentrando nelas todas as calorias que ingere normalmente. Vivia esfomeada, com vontade de comer alguma coisa e sempre nervosa. Ao fim da experiência, engordou quase um quilo e elevou em 2% a gordura corporal, mesmo tendo mantido o programa diário de exercícios.

Malhar ativa a queima de gordura

 
Por dois meses, Lyssie teve que deixar a malhação de lado e reduzir bastante sua rotina agitada (fazia tudo a pé: banco, supermercado…). Passou a usar mais o carro e deixou de fazer várias coisas ao mesmo tempo em casa. A alimentação normal foi mantida. Mas a irritação foi tomando conta dela e o apetite diminuiu. Dois meses depois, ela engordou 3 quilos e sua gordura corporal subiu 6,3%.

Água de menos engorda

O desafio de Tammy foi beber três copos (230 ml) de água e duas latas de refrigerante diet por dia, durante um mês. Normalmente, ela tomava mais de dois litros de água por dia (quase um litro ao acordar!). Durante o estudo, ela se sentiu tonta principalmente na hora dos exercícios físicos. Tinha dificuldade para se concentrar e sua pele ficou ressecada. O porcentual de gordura subiu 3,7% e ela engordou 1 quilo. A nutricionista, porém, desconfia que ganhou mais peso: primeiro porque estava desidratada ao se pesar e também porque, ao voltar a ingerir a quantidade normal de água, perdeu 2 quilos rapidinho.

Dormir bem acelera o metabolismo

Tammy não poderia dormir mais que seis horas por noite. Sua alimentação e rotina de exercícios permaneceram as mesmas. Por dormir menos, ficou mal-humorada, cansada e com dificuldade até para segurar os pesos na musculação. A vontade de comer doce aumentou e, ao final de três meses, a gordura corporal aumentou 4,2% e ela ganhou 2 quilos.
Músculos são essenciais para um metabolismo veloz
Dessa vez, Lyssie retirou a musculação de sua rotina. A alimentação e os demais exercícios foram mantidos normalmente. Na sexta semana, já estava caindo pelas tabelas: perdeu a força e, oito semanas depois, o índice de gordura aumentou 3%. Como seus músculos foram substituídos por gordura, seu metabolismo ficou mais lento e as roupas ficaram superapertadas.

Outras dicas para manter seu metabolismo em alta

- A água ajuda o sangue a transportar melhor o oxigênio para os músculos. Na falta dela, você fica lenta, menos ativa e queima menos calorias.
- Tomar um limão-galego espremido na água colabora para manter o metabolismo acelerado.
- Não pule refeições nem fique sem comer por mais de quatro horas. Senão, seu metabolismo pisa no freio.
- Se não consegue ficar sem doce, deixe-o para a sobremesa. A comida segura o índice glicêmico do açúcar, evitando picos de insulina no organismo e a conseqüente sensação de fome.
- Dispense cereais à base de flocos de milho e arroz refinados, tipo crispis e corn flakes, que têm índice glicêmico alto. Prefira os de grãos integrais e aveia, ricos em fibras.
- A gordura da pipoca do cinema pode atolar seu metabolismo. Prefira a light de microondas.
- Comece sua refeição pelos legumes e verduras, que têm poucas calorias, muitos nutrientes e fibras. Eles reduzem a fome e você acaba comendo menos dos outros alimentos.
- Se seu almoço for apenas uma salada de alface e outras verduras, seu metabolismo tem tudo para ficar lento. Esses alimentos de baixíssimas calorias não fornecem energia significativa: dentro de uma hora ou duas, você estará com fome. Junte à sua salada uma fonte de carboidrato, de preferência integral, uma proteína magra e uma gordura ¿amiga¿.
- Frutas secas têm carboidrato do bem que aceleram o metabolismo e uma grande quantidade de vitaminas e sais minerais, além de potentes antioxidantes. Misture-as nas saladas, no iogurte ou na aveia.
- No lanche, entre as principais refeições, vá de frutas secas, um punhado de amendoim, uma barrinha de cereais ou um iogurte desnatado.
- Para controlar a fome, tome um prato de sopa de legumes uma hora ou duas antes do jantar.

Segredos do oriente

Nabo, rúcula, cebola, gengibre e chá verde. Essas são as principais opções da medicina chinesa para acelerar o metabolismo. O médico Mauro Perini, do Spa Yan Sou, em Bragança Paulista (SP), é especialista no assunto.
Ele explica que os alimentos citados pertencem à natureza yang. Isso significa que são capazes de aumentar o calor no interior do organismo e por isso estimulam o metabolismo. Para melhores resultados, ele recomenda a associação de alimentos de sabor picante com amargo. “Essa combinação tonifica o baço, responsável pelo metabolismo energético e um dos órgãos mais importantes segundo a medicina tradicional chinesa.”
Para o lanchinho da manhã e da tarde, ele recomenda um copo de suco com pedaços da própria fruta, de preferência ácidas, como laranja, limão, tangerina e abacaxi. O sabor ácido tem a propriedade diurética, que minimiza a retenção de líquidos. Outra boa idéia, segundo ele, é ter na bolsa ou na gaveta do escritório biscoitinhos e outros alimentos à base de fibras integrais e frutas desidratadas.

Fonte: Revista Boa Forma
Edição de agosto de 2005

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Previna-se contra o cancer com vinho e chocolate...

Vinho tinto e chocolate amargo tem poderes anticancerígenos.
De acordo com estudo apresentado por especialistas em uma conferência nos EUA, o vinho tinto e o chocolate amargo são remédios poderosos contra o câncer.
Os pesquisadores compararam alguns alimentos com medicamentos utilizados em tratamentos contra o câncer e descobriram que a soja, a salsa, as uvas escuras, morangos, framboesas e outros alimentos são tão ou mais potentes para combater o câncer do que remédios.
Consumidos juntos, esses alimentos resultaram ainda mais poderosos no combate às células cancerosas.
"Descobrimos que a mãe natureza criou uma grande quantidade de alimentos com propriedades antiangiogênicas", enfatizou Li, referindo-se à capacidade destes alimentos de reduzir a multiplicação de células malignas.
Estamos classificando os alimentos segundo suas qualidades como anticancerígenos", disse William Li, titular da Fundação Angiogenesis, sediada em Massachusetts (nordeste). "O que comemos é realmente nossa quimioterapia três vezes por dia", acrescentou.

Fonte: 
Folha Saúde

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Alimentação Mediterrânea - Dieta da longevidade...


Quem não gostaria de viver em um local que fosse reconhecido mundialmente pelo fato de seus habitantes apresentarem uma vida saudável, com os menores índices de doenças crônicas?

Pois, essa região é a mediterrânea! Formada por países de três continentes diferentes - Itália, Espanha, Grécia, Iugoslávia, França e Albânia (da Europa), Egito, Líbia, Tunísia, Argélia e Marrocos (da África), Turquia, Israel, Síria e Líbano (da Ásia) - onde todos são banhados pelo mesmo Mar: o Mediterrâneo.

Apesar das inúmeras diferenças culturais, econômicas e sociais entre eles, certas características geográficas (clima, temperatura, solo) influenciaram sua agricultura e, conseqüentemente, seus hábitos alimentares, ao longo dos séculos.

A dieta dos países mediterrâneos é composta pelo alto consumo de frutas, hortaliças (verduras e legumes), cereais, leguminosas (grão-de-bico, lentilha), oleaginosas (amêndoas, azeitonas, nozes), peixes, leite e derivados (iogurte, queijos), vinho e azeite de oliva.


Mas, o que a faz diferente em relação à alimentação das outras regiões do mundo? Há um baixo consumo de carnes vermelhas, gorduras de origem animal, produtos industrializados e doces (ricos em gordura e açúcar).

Analisando os principais benefícios provenientes dos alimentos dessa dieta, temos:

Frutas e hortaliças: por conterem grande quantidade de fibras e antioxidantes (como beta-caroteno, licopeno, vitaminas E e C) previnem o câncer.

Cereais: são essencialmente fornecedores de energia para o organismo; mas, se forem integrais, também contribuem com vitaminas do Complexo B, vitamina E, selênio e fibras.

Leguminosas: são fonte de fibras e proteínas vegetais. As fibras combatem a constipação, evitam o câncer do cólon e reto (regiões do intestino grosso) e diminuem o nível do colesterol "ruim" (LDL) prevenindo o aparecimento das doenças cardiovasculares.

Oleaginosas: por possuírem ácidos graxos mono e poliinsaturados, as oleaginosas reduzem a chance da pessoa desenvolver a hipercolesterolemia (colesterol alto no sangue). No entanto, quem faz um plano alimentar, com objetivo de emagrecer, não deve exceder em seu consumo, pois apesar das inúmeras vantagens, elas são muito calóricas.

Peixes: são ricos em ácidos graxos ômega - 3, dessa forma, atuam contra o aparecimento de uma variedade de doenças, incluindo hipertensão, aterosclerose, doenças do coração e câncer.

Iogurtes: além de serem fonte de cálcio, contém lactobacilos (microorganismos vivos). O cálcio contribui para a prevenção da osteoporose e os lactobacilos beneficiam nossa flora intestinal, combatendo os microorganismos patogênicos que possam estar presentes nos intestinos.

Vinho tinto: por possuírem uma alta quantidade de flavonóides (antioxidantes), o vinho tinto evita a formação de placas de gorduras na parte interna dos vasos sanguíneos (ateromas), e por conseqüência, diminui o risco para o desenvolvimento das doenças cardiovasculares. De acordo com a cultura mediterrânea, o consumo do vinho tinto deve ocorrer durante as refeições, pois a presença de alimentos ameniza os efeitos tóxicos do álcool no organismo.

Azeite de oliva: é rico em fenóis (antioxidantes) e em ácido graxo monoinsaturado, sendo que o último atua no aumento da taxa do colesterol "bom" (HDL), favorecendo nosso coração. Segundo o costume do povo mediterrâneo, o ideal é consumi-lo diariamente, para temperar as saladas, regar um peixe ou carne que irá assar, fazer um arroz... Mas, não podemos esquecer que o azeite, assim como qualquer outra gordura, é calórico. Portanto, seu consumo não deve ser exagerado!


Podemos observar que os alimentos que compõem a dieta mediterrânea são fontes de vitaminas, minerais, ácidos graxos mono e poliinsaturados, fibras e antioxidantes. Além disso, são facilmente encontrados aqui, no Brasil. Portanto, se desejamos ter uma vida longa, com saúde; devemos iniciar a introdução desses alimentos em nossas refeições diárias.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Óleo de Lorenzo - O milagre da vida...



Geralmente vivemos nossa vida da melhor forma possível, buscando nossa realização diariamente no estudo, no trabalho, no lazer, etc. Normalmente não pensamos nos riscos implácitos do fato de simplesmente viver. Quando subitamente somos confrontados com uma ameaça real à nossa vida e à nossa felicidade, percebemos como é efêmera a nossa permanencia na Terra e como é pequena a nossa capacidade de mudar esta realidade. No entanto, este texto não trata de uma aceitação conformista de nosso destino, mas de uma avaliação de até onde podemos ir para tentar mudar uma realidade difícil.

O óleo de Lorenzo é uma estória verdadeira, de um menino, Lorenzo Odone, que aos oito anos começou a demonstrar os sintomas de uma rara doença genética e incurável, a adrenoleucodistrofia (ADL). Quando seus pais foram informados deste terrível diagnóstico de seu filho único, não se conformaram e iniciaram uma batalha científica para melhor entender o "inimigo" invisível que lentamente destruía o cérebro de Lorenzo, deixando-o cego, surdo, paralítico, incapaz de engolir e de se comunicar. Ao invés de simplesmente ficarem sentados aguardando os resultados dos estudos médicos, eles decidiram estudar nos livros de medicina e nos poucos artigos científicos da época, tudo que pudesse ajudar na compreensão do mecanismo de ação desta doença e assim poder discutir com os médicos a melhor forma de tratamento para amenizar os sintomas de Lorenzo.

Os pais de Lorenzo se recusaram a aceitar passivamente este diagnóstico e passaram a se dedicar ao estudo dos mecanismos básicos celulares, em livros de cursos de medicina. Inicialmente buscavam aprender e entender como as células do nosso organismo funcionam, para isso, passavam dias e noites em bibliotecas, mergulhados em livros em uma época em que computadores pessoais e Internet eram palavras completamente desconhecidas. Quando eles acreditavam que haviam encontrado alguma informação relevante, procuravam médicos e professores dos cursos de medicina e discutiam com eles suas idéias, sempre buscando encontrar uma forma de tratamento que minimizasse o sofrimento de Lorenzo. A quantidade de dificuldades que encontraram foi enorme, desde o preconceito de médicos e professores por serem "leigos" em Bioquímica e Medicina, a impossibilidade de realização de testes em humanos de tratamentos ainda não autorizados pelo FDA (Food and Drug Administration - órgão que fiscaliza a saúde nos Estados Unidos) e a dificuldade em achar parceiros químicos com competencia para produzir a fórmula dos óleos que eles acreditavam que poderiam curar Lorenzo.



A ADL se caracteriza pelo acúmulo de ácidos graxos saturados de cadeia longa (principalmente ácidos com 24 e 26 carbonos) na maioria das células do organismo afetado, mas principalmente nas células do cérebro, levando à destruição da bainha de mielina, que protege determinados neurônios. Sem a mielina, estes neurônios perdem a capacidade de transmitir corretamente os estímulos nervosos que fazem o cérebro funcionar normalmente e aí surgem os sintomas neurológicos da doença. O óleo de Lorenzo é uma mistura de dois ácidos graxos insaturados, o ácido oleico (C18:1) e ácido erúcico (C20:1), cujo metabolismo se sobrepõe ao dos saturados, evitando assim o seu acúmulo. Para chegar a esta mistura, os pais de Lorenzo estudaram os resultados de muitas pesquisas na época, inclusive feitas em animais. Eles sabiam, por exemplo, que o óleo é tóxico para ratos, levando-os à morte, mas tiveram a coragem de ministrar em seu filho e mostrar ao mundo que o óleo é inofensivo aos humanos e que podia reverter e principalmente evitar os efeitos catastróficos da ADL. Enfrentaram e ainda enfrentam dificuldades com o FDA, que até hoje não autorizou o uso em humanos. Devido a essas dificuldades, o óleo é hoje produzido por uma companhia inglesa, e o Sr. Odone não recebe nenhuma porcentagem das vendas do produto, apesar de ter sido o seu idealizador. O reconhecimento dos seus estudos pela comunidade científica e acadêmica resultou no título de Doutor honoris causa por sua imensa contribuição à ciência e à medicina.

Lorenzo viveu até os 30 anos e apesar das suas limitações, conseguia se comunicar pelo piscar de olhos e movimento dos dedos. Gostava de música e ouvir estórias. Lorenzo morreu em 30 de maio de 2008, a causa morte não foi a ALD, mas uma broncopneumonia persistente devido ao acúmulo de alimentos aspirados pelo pulmão.

As crianças diagnosticadas com ADL na mesma época que Lorenzo e que não receberam o tratamento do óleo não chegaram à idade adulta. Lorenzo não se curou porque as lesões no sistema nervoso central deixaram sequelas permanentes mas a doença estacionou. Porém o mais significativo dos fatos foi a prevenção do desenvolvimento dos sintomas nos novos casos diagnosticados. Os pais de Lorenzo ainda fundaram o "Projeto Mielina", uma fundação que tenta concentrar esforços nos estudos das doenças relacionadas à mielina. Para saber mais, acesse www.myelin.org.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Ácido Retinóico - a vitamina que faz milagres!!!?




 
 A origem do uso do ácido retinóico está na descoberta da vitamina A no início do século XX. Temos necessidade diária de um consumo de 5.000 unidades de vitamina A, facilmente encontrada em vegetais amarelos e verdes. A deficiência da vitamina A provoca visão embaçada e faz com que a pele fique seca, avermelhada e descamada.
Durante a década de 30 a vitamina A foi utilizada em altas doses para tratar doenças da pele, mas seus efeitos colaterais (como dor de cabeça, zunido no ouvido, lábios cortados e ressecados, dores articulares e queda de cabelo) além da toxidade no fígado se usada em altas doses limitaram o seu uso.
Vegetais como a cenoura são uma fonte natural de Vitamina A, de onde vem o ácido retinóico.
Vegetais como a cenoura são uma fonte natural de Vitamina A, de onde vem o ácido retinóico.
Devido a essa alta toxicidade é que a vitamina A natural em altas doses foi abandonada e se começou a buscar derivados sintéticos. A Isotretinoina oral foi o primeiro derivado sintético da vitamina A aprovado nos EUA para tratamento da acne cística. Na mesma época o etretinato foi liberado para tratamento da psoríase.
Diferentemente desses dois derivados citados o ácido retinóico (tretinoina) é um metabólico natural da vitamina A. É a vitamina A ácida, a principal forma da vitamina encontrada na pele. Seu efeito se dá sobre o DNA da célula da pele, aumentando a capacidade de renovação da pele.
O primeiro uso do ácido retinóico tópico foi para o tratamento da Acne, com o tempo os pacientes relataram uma diminuição nas rugas, especialmente as mais finas, com o uso prolongado do medicamento.
Com a experiência clínica foi-se percebendo que todos os efeitos do fotoenvelhecimento (envelhecimento da pele devido à exposição ao Sol) podem ser diminuídos com o uso prolongado do ácido retinóico em gel ou creme. Ou seja, pode-se diminuir manchas e rugas. Além disso a pele fica mais fina, com uma coloração mais rosada, parecendo mais jovem. As células com pigmento são melhor distribuídas e diminui o agrupamento de tecido elástico com regeneração do colágeno.
Como efeitos adversos, principalmente depois das primeiras aplicações, o produto pode trazer ressecamento, vermelhidão e descamação da pele.
O grande problema do ácido retinóico é a que ele aumenta a sensibilidade da pele ao Sol: os pacientes devem usar filtro solar com FPS alto, aplicar o produto à noite e interromper o tratamento pelo menos 48 horas antes de se expor ao sol.
Na verdade o ácido retinóico deixa a pele mais sensível a tudo, especialmente perfumes e cosméticos, então durante o tratamento deve-se limpar a pele com sabonete neutro.
Tratamentos com ácido retinóico precisa de acompanhamento médico.
Tratamentos com ácido retinóico precisa de acompanhamento médico.
Existem derivados do retinóico com ação semelhante e menos restrições, como o tazacopeno. ”Os resultados são iguais e não há fotossensibilidade, mas ele não é encontrado no Brasil, e por isso o preço é alto”, comenta Otávio Macedo.
Além do tratamento para acne e para combater os efeitos do envelhecimento, o ácido retinóico também é usada no tratamento de estrias , e os bons resultados aparecem especialmente nas estrias mais recentes, de coloração avermelhada.
É importante lembrar que o ácido retinóico é um medicamento que necessita de prescrição e um acompanhamento constante de um dermatologista. Já o Retinol (nome que se dá a forma álcool dessa vitamina) pode ser usado em cosméticos (sem prescrição) e com efeitos bem menores se comparados ao ácido retinóico.
Na gravidez e na amamentação, o ácido retinóico é proibido: passa pelo leite, causa malformação no feto e pode afetar o desenvolvimento do bebê. Os resultados não são imediatos, deve-se usar o produto constantemente por pelo menos 6 meses para ver bons resultados.
Uso doméstico – O ácido retinóico não pode entrar na formulação de cosméticos, mas pode ser prescrito pele dermatologista para uso em casa, em concentrações baixas como 0,025% e 0,05%. Por ser extremamente fotossensível, só pode ser usado á noite.
Uso em consultório – O retinóico já foi mais requisitado para peelings, em concentrações de 1% a 5% em sessões semanais. Hoje, com a concorrências de substancias mais modernas e rápidas, ele esta sendo mais utilizado para complementar a ação de outros ácidos ou peelings.
Os medicamentos com ácido retinóico podem ser prescritos na forma manipulada, com a concentração ideal para cada tipo de pele e fase do tratamento. Existem duas formulações comerciais com o composto: o Vitanol A e o Retin-A
Além do uso estético, por atuar no DNA celular o ácido retinóico também tem sido usado de maneira promissora no tratamento de formas de câncer especialmente na pele e na bexiga (mas há estudos sendo feitos com sua aplicação também em outros tipos de tumores). 

Infecções cutâneas causadas por fungos...

As micoses são doenças provocadas por fungos, dividindo-se em superficiais e profundas. As superficiais acometem a epiderme e seus anexos, afetando, às vezes, a derme e, mais raramente, outros órgãos internos. Caracterizam-se por não apresentar anticorpos séricos, provocar inflamação local banal e, com freqüência, ser transmitidas por contato direto. Já as profundas invadem a derme e, em algumas ocasiões, hipoderme e vísceras. Produzem reação inflamatória granulomatosa, há presença de anticorpos, sendo desconhecido seu contágio homem a homem.
Entre as micoses superficiais encontram-se três tipos: as superficiais propriamente ditas, conhecidas até recentemente como ceratofitoses, as dermatofitoses e a candidíase.
As micoses superficiais propriamente ditas atingem apenas a ceratina da epiderme e dos pêlos, e não provocam reação de hipersensibilidade. Nesse grupo incluem-se a pitiríase versicolor, a tinea nigra e a tricomicose nodosa (piedra).
A pitiríase versicolor é causada pela Malassezia furfur, também conhecida como Pityrosporum ovale. É universal, acometendo qualquer raça e sexo, sendo, no entanto, mais comum no adulto. Ocorre em especial em regiões de clima quente e úmido. A Malassezia furfur pode estar na pele ou no cabelo sem provocar lesões que, quando presentes, se caracterizam por manchas hipocrômicas, eritematosas ou acastanhadas, daí o nome 'versicolor'. Essas máculas são confluentes, têm contornos geográficos, apresentam escamas furfuráceas e, em geral, não se acompanham de prurido. Afetam em especial o dorso e os braços e as recidivas são freqüentes. O diagnóstico é feito pelo exame direto do raspado da lesão, clarificado pelo hidróxido de potássio, no qual são observados grupos de esporos entrelaçados por pequenos micélios septados. Com a lâmpada de Wood, as lesões mostram cor amarelo-ouro. Para seu tratamento são utilizadas medicações locais e orais. Entre as locais, destacam-se a solução de hipossulfito de sódio, a de iodo com ácido salicílico, o sulfeto de selênio e várias drogas antifúngicas tópicas, como o cetoconazol, o clotrimazol, entre outras, devendo ser utilizadas por tempo prolongado (até seis meses). Já entre as medicações orais estão o cetoconazol e o itraconazol, este último de uso mais recente e efeito mais rápido.
A tinea nigra é causada pela Exophiala werneckii, fungo conhecido até pouco tempo como Cladosporium werneckii. É micose de relativa raridade das zonas tropical ou subtropical. Acomete predominantemente meninas, provocando mancha preta na palma ou na planta. As lesões são poucas ou única, o diagnóstico é confirmado por meio de cultura de material obtido pelo raspado da mácula, na qual cresce um fungo demácio, ou seja, negro, e o tratamento é feito com ceratolíticos.
A tricomicose nodosa, também chamada de piedra, exterioriza-se por pequenos nódulos aderentes aos pêlos. Essa afecção pode acometer o couro cabeludo, as axilas e/ou a região pubiana. Existem dois tipos de piedra: a negra caracteriza-se por nódulos pretos, sendo causada pela Piedraia hortai, um fungo demácio; e a branca, que produz nódulos amarelados, cujo agente etiológico é o Trichosporum beigelii. Para o tratamento da tricomicose nodosa pode-se utilizar o bicloreto de mercúrio a 1:1000 ou o formol a 2%, sendo mais eficiente proceder à raspagem total dos pêlos na região acometida.
Das micoses superficiais, o grupo mais comum é o das dermatofitoses. Essas têm manifestações clínicas heterogêneas, sendo causadas por vários gêneros e espécies de fungos, chamados dermatófitos. São universais, sendo mais freqüentes em regiões de clima quente e úmido.
Os fungos dermatófitos caracterizam-se por apresentar duas fases evolutivas, a assexuada, na qual pode ser parasita, e a sexuada, quando é saprófita do meio ambiente. Na fase parasitária, os gêneros são denominados de Trichophyton, Microsporum e Epidermophyton. As principais espécies do gênero Trichophyton são o T. rubrum, muito resistente aos tratamentos e causador de praticamente todos os quadros clínicos; o T. schoenleinii que, em geral, poupa as dobras naturais; o T. tonsurans, que poupa barba e pregas dos pés e mãos; e o T. mentagrophytes. Entre os fungos do gênero Microsporum, destacam-se o M. audouinii, com predileção pelo couro cabeludo; o M. canis, que acomete predominantemente os cabelos e a pele glabra; e o M. gypseum, que afeta o couro cabeludo e o tronco. No gênero Epidermophyton, o E. floccosum prefere dobras e pés, podendo acometer unhas e tronco, mas nunca os cabelos e a barba.
Conforme seu habitat, os dermatófitos são divididos em antropofílicos, bem-adaptados ao homem, com pouca ou nenhuma reação inflamatória; os zoofílicos, com predileção por animais, que, quando acometem o homem, apresentam reação inflamatória de média intensidade; e os geofílicos que, pela exuberância da inflamação que produzem no homem, têm tendência à cura espontânea.
As manifestações clínicas desse grupo de micoses dependem da hipersensibilidade retardada, mediada por linfócitos CD4, que pode ser avaliada pelo teste intradérmico de tricofitina. É importante ressaltar que existe um fator fungistático natural; fator esse que impede a penetração no organismo para áreas mais profundas da pele e para outros órgãos. As mucosas nunca são atingidas pelos dermatófitos.
Os dermatófitos provocam diferentes formas clínicas, sendo as mais freqüentes:
1. Tinea capitis: nesse quadro, os cabelos são invadidos e lesados, partindo o acometimento da porção próxima à raiz, provocando, por isso, tonsura. Com freqüência essa área de tonsura apresenta-se eritematosa e descamativa. A tinea tricofítica, causada por fungos do gênero Trichophyton, manifesta-se por pequenas e múltiplas áreas de alopécia (tonsuras), geralmente parciais, e os pêlos, quando observados ao microscópio, mostram esporos do fungo em seu interior, sendo, portanto, essa forma conhecida como endotrix. Já a tinea microspórica, cujo agente etiológico são fungos do gênero Microsporum, caracteriza-se por poucas e grandes áreas de tonsura. Esse gênero, ao exame direto do pêlo acometido, mostra seus esporos por fora dele, sendo por isso chamado de ectotrix. Há outro tipo de tinea capitis muito menos freqüente, a tinea favosa, provocada pelo T. schoenleinii. Causa alopécia definitiva, e suas lesões aparecem como formações amareladas, resultantes da massa necrótica que se forma pelo aglomerado de micélio e esporos do fungo, células, sebo e exsudato, o que é chamado de godê fávico.
2. Tinea corporis: esse tipo de dermatofitose tem localização preferencial nos braços, face e pescoço e, em geral, vem acompanhado de prurido. Causa lesões eritematodescamativas, circinadas, isoladas ou confluentes, de crescimento centrífugo, podendo-se observar vesículas ou pústulas em sua borda.
3. Tinea cruris ou dermatofitose marginada: tem seu início a partir da prega inguinal, podendo atingir coxas, períneo, nádegas e região pubiana. A lesão é eritematodescamativa com bordas nítidas e muito prurido.
4. Tinea pedis: existem três quadros clínicos de dermatofitose dos pés:
a. eczematóide: caracterizada por vesículas plantares e digitais.
b. intertriginosa: afeta as pregas interdigitais, em especial, dos terceiros e quartos espaços, provocando fissuras e maceração. É freqüente sua associação com infecção bacteriana.
c. crônica: provoca lesões eritematodescamativas em toda região plantar, acompanhadas de discreta ou nenhuma inflamação.
5. Tinea imbricata: essa forma clínica, cuja etiologia é o dermatófito T. concentricum, ocorre principalmente em certas regiões da Polinésia, sendo, no Brasil, encontrada no pantanal mato-grossense e na Amazônia. Suas lesões caracterizam-se pela formação de círculos concêntricos de descamação que atingem grandes áreas do corpo.
6. Onicomicose ou tinea unguium: é afecção eminentemente crônica, manifestando-se por descolamento da unha, hiperceratose subungueal, chegando até a destruição parcial ou total da unha.
7. Dermatofitose da face: provoca lesões eritematodescamativas, de crescimento centrífugo, às vezes com disposição em asa de borboleta, podendo ser confundida com o lupus eritematoso.
8. Dermatofitoses inflamatórias, cuja característica básica é a intensa inflamação das lesões, é a denominação genérica para três formas de dermatofitoses:
a. Quérion: acomete o couro cabeludo ou a barba, provocando placa de foliculite aguda ou subaguda, com intensa supuração, chegando, às vezes, à alopécia cicatricial definitiva. Devido à exuberância da reação inflamatória à presença do fungo, é freqüente a cura espontânea.
b. Sicose tricofítica: afeta a área da barba e do bigode. Suas características clínicas principais são pústulas centradas por pêlos de evolução crônica.
c. Foliculitis capitis abscedens et suffodiens: essa forma provoca lesões de foliculite com túneis intercomunicando abscessos no couro cabeludo. É causada primordialmente por estafilococos, porém, às vezes, também por Trichophyton tonsurans.
9. Dermatofitoses granulomatosas: atingem mais profundamente a pele, observando-se o dermatófito na derme. Produzem reação granulomatosa, e os pacientes, em geral, mostram reação de hipersensibilidade à tricofitina intradérmica. As lesões podem ser localizadas ou generalizadas, sendo o tipo mais comum o de Majocchi, que se manifesta por nódulos eritematosos, nas pernas de mulheres. A raspagem dos pêlos nessa área talvez seja um dos fatores agravantes de uma tinea corporis comum.
10. Dermatofítides: são quadros hiperérgicos agudos ou subagudos, de tendência à simetria e recidiva em portador de dermatofitose, que ocorrem por disseminação hematogênica de dermatófitos ou seus produtos. Provocam, em geral, alterações de aspecto disidrosiforme. São lesões desabitadas com foco de tinea a distância.
O diagnóstico das dermatofitoses é feito pelo exame direto do raspado das lesões, quando são observadas hifas septadas e artrosporos. Esses fungos crescem na cultura em meio de Sabouraud, e cada espécie tem características próprias. A luz de Wood pode auxiliar no diagnóstico etiológico, já que a tinea favosa e a microspórica mostram coloração esverdeada, e a tricofítica, não.
Para o tratamento das dermatofitoses provocadas por fungos zoofílicos e geofílicos é suficiente medicação local, como formulações com iodo, ácido salicílico e ácido benzóico ou mesmo antifúngicos, como o miconazol, tolnaftato, tolciclato, clotrimazol, oxiconazol ou cetoconazol, pois a reação inflamatória intensa à presença do fungo auxilia bastante na cura. Já as dermatofitoses antropofílicas, ou seja, aquelas causadas por fungos mais bem adaptados ao homem, são bastante resistentes às medicações. Em geral, exigem tratamento oral, associado ou não a um dos tópicos mencionados anteriormente. Entre as medicações orais utilizadas estão a griseofulvina, o cetoconazol, a terbinafina, a amorolfina (ainda não comercializada no Brasil), o fluconazol e o itraconazol. Ressalta-se a grande utilidade desta última medicação, pelos seus discretos efeitos adversos, além da possibilidade de ser prescrita no esquema conhecido como pulsoterapia, por meio do qual se administram doses de 400mg por dia, em duas tomadas às refeições, durante sete dias. O paciente descansa por três semanas e repete esse ciclo por três meses, para onicomicose das mãos, ou por quatro meses, para a dos pés. Esse esquema promove a cura de casos resistentes a outros tratamentos, com menor custo e tempo de terapia.
O terceiro e último grupo de micoses superficiais é o da candidíase, cujo principal agente etiológico é a Candida albicans, apesar de poder ser provocada por outras espécies de Candidas oportunistas. Esse gênero de fungo é um saprófita da mucosa vaginal e do tubo digestivo, e existe um fator natural anticandida, em indivíduos normais. Para que a agressão possa ocorrer e a candidíase desenvolver-se, é necessária a presença de certas condições, entre as quais modificações fisiológicas, como a gravidez, pela elevação dos glicídios vaginais; outras doenças, como a diabetes mellitus e certas deficiências imunológicas; o uso prolongado de antibióticos, corticóides e imunossupressores; e o estado de umidade local prolongada. Essa doença é universal, comum em recém nascidos, podendo acometer adultos e idosos, e, em especial, certas profissões que lidam com umidade, como as lavadeiras. Afeta a pele, mucosas, unhas e, raramente, outros órgãos.
A candidíase pode assumir várias formas clínicas:
1. Candidíase oral: é freqüente em recém-nascidos, idosos e indivíduos debilitados, caracterizando-se por erosões esbranquiçadas na boca.
2. Candidíase intertriginosa: atinge as dobras naturais, manifestando-se por erosões, fissuras e pequenas lesões satélite arredondadas, eritematoescamosas e, eventualmente, pústulas.
3. Candidíase ungueal e periungueal: provoca o descolamento e deformação da unha, além de lesão eritematoedematosa periungueal, denominada de paroníquia.
4. Perleche ou queilite angular: caracteriza-se por fissuras no canto da boca,  especialmente em usuários de prótese dentária com má higiene oral, idosos, e recém-nascidos.
5. Vaginites e balanites: são erosões pruriginosas na vagina e sulco balanoprepucial.
6. Candidíase granulomatosa: é uma afecção rara de crianças com defeito genético e/ou imunológico, às vezes estando associada à endocrinopatia. De início, provoca lesões orais e, posteriormente, acomete o couro cabeludo, unhas e outras áreas, sob a forma de lesões crostosas com tendência à formação de cornos cutâneos.
7. Candidíase visceral: ocorre por disseminação hematogênica, naqueles pacientes em uso prolongado de imunossupressores. Pode acometer, nos casos de extrema gravidade, o coração, os pulmões e outros órgãos nobres, levando à morte.
O diagnóstico das afecções causadas pelo gênero Candida é obtido por meio do exame direto do material das lesões, ao serem encontrados o pseudomicélio e os blastosporos característicos desses fungos, e da cultura em meio de Sabouraud.
Para se conseguir a cura dessas afecções é imprescindível corrigir os fatores predisponentes e\ou agravantes que porventura existam, como o excesso de umidade local, além de tratar doenças subjacentes, como o diabetes mellitus. As medicações locais preferenciais a serem utilizadas são a nistatina e o clotrimazol. Entre as orais, destacam-se o cetoconazol, fluconazol e itraconazol. Para os casos extremamente graves e resistentes às drogas já mencionadas, reserva-se a anfotericina B, prescrita por via endovenosa, que tem sérios efeitos adversos.

Todo medicamento deve ser tomado por orientação e com supervisão do seu médico.

sábado, 18 de setembro de 2010

Quero ser médico de todo meu coração...



“Todo ser humano causa impacto nos outros.
Por que evitar a relação entre paciente e médico?
O que ensinam está errado.
A missão do médico deve ser não apenas de evitar a morte...
mas melhorar a qualidade de vida.
Tratando o mal, se ganha ou se perde.
Tratando o indivíduo, garanto que vão ganhar, independente do desfecho.
A sala está cheia de estudantes de medicina.
Não se deixem anestesiar pelo milagre da vida.
Sempre se extasiem pela glória do corpo humano.
Concentrem-se nisso, não em procurar notas... que não indicam o tipo de médicos que serão.
Não esperem demais para recuperar a humanidade.
Aprendam a entrevistar.
A falar com estranhos.
Com amigos, “enganos”, com todos!
Cultivem amizades com essas pessoas incríveis, as enfermeiras.
Cuidam de pessoas dia após dia.
Têm muito que ensinar, bem como os professores, que não têm o coração gelado.
Aprendam a ter compaixão.
Quero ser médico de todo meu coração.
Queria ser médico para ajudar o próximo.
Por causa disso, perdi tudo.
Mas também ganhei tudo.
Compartilhei das vidas de pacientes e pessoal do hospital.
Rimos e choramos juntos.
Quero dedicar a vida a isso.
E hoje, seja qual for sua decisão, juro por Deus que vou chegar a ser o melhor médico de todo o mundo.
Podem impedir que eu me forme.
Podem me negar o título e a bata branca.
Mas não podem dominar meu espírito nem evitar que aprenda.
Não podem me impedir de estudar.
Portanto, têm uma escolha. Podem me ter como um colega apaixonado... ou como um intruso, mais ainda inquebrantável.
Seja como for, ainda vou ser um espinho.
Mas prometo, vou ser um espinho que não podem arrancar."

Discurso de Patch Adams perante o Conselho Médico
Extraído do filme: Patch Adams o amor é contagioso.