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Juramento de Hipócrates


Eu juro, por Apolo, médico, por Esculápio, Higéia e Panacéia, e tomo por testemunhas todos os deuses e todas as deusas, cumprir, segundo meu poder e minha razão, a promessa que se segue: estimar, tanto quanto a meus pais, aquele que me ensinou esta arte; fazer vida comum e, se necessário for, com ele partilhar meus bens; ter seus filhos por meus próprios irmãos; ensinar-lhes esta arte, se eles tiverem necessidade de aprendê-la, sem remuneração e nem compromisso escrito; fazer participar dos preceitos, das lições e de todo o resto do ensino, meus filhos, os de meu mestre e os discípulos inscritos segundo os regulamentos da profissão, porém, só a estes.

Aplicarei os regimes para o bem do doente segundo o meu poder e entendimento, nunca para causar dano ou mal a alguém. A ninguém darei por comprazer, nem remédio mortal nem um conselho que induza a perda. Do mesmo modo não darei a nenhuma mulher uma substância abortiva.

Conservarei imaculada minha vida e minha arte.

Não praticarei a talha, mesmo sobre um calculoso confirmado; deixarei essa operação aos práticos que disso cuidam.

Em toda a casa, aí entrarei para o bem dos doentes, mantendo-me longe de todo o dano voluntário e de toda a sedução sobretudo longe dos prazeres do amor, com as mulheres ou com os homens livres ou escravizados.

Àquilo que no exercício ou fora do exercício da profissão e no convívio da sociedade, eu tiver visto ou ouvido, que não seja preciso divulgar, eu conservarei inteiramente secreto.

Se eu cumprir este juramento com fidelidade, que me seja dado gozar felizmente da vida e da minha profissão, honrado para sempre entre os homens; se eu dele me afastar ou infringir, o contrário aconteça.

Cancer do Colo Uterino

Em mais de 90% dos casos de câncer do colo do útero consegue-se identificar a presença do HPV. Entenda o seu papel no desenvolvimento deste câncer e saiba como preveni-lo.
O Papiloma vírus humano ou vírus do papiloma humano, mais conhecido como HPV, é um vírus que possui mais de 200 subtipos. Todos só causam doença nos seres humanos.
Estima-se que até 10% da população mundial apresentem o vírus e que até 80% das mulheres entrarão em contato com o mesmo em algum momento da vida. Quando se leva em conta apenas pessoas jovens, a taxa de infecção pode ultrapassar os 50% em algumas regiões.
A maioria dos casos de infecção pelo HPV são assintomáticos e transitórios. Após 2 anos, 90% dos pacientes conseguem ficar curados espontaneamente, apenas pela a ação do nosso sistema imune. Os problemas ocorrem naqueles 10% que não conseguem se livrar do HPV e desenvolvem infecção permanente.

Sintomas do HPV

Verruga HPVO HPV infecta principalmente o epitélio da pele e das mucosas. Cada subtipo de vírus tem tropismo por uma área do corpo. Por exemplo, o HPV tipo 2 e 4 estão associados às verrugas comuns de pele, enquanto o tipo 1 à verrugas que acometem a planta dos pés.

«- Verrugas plantares (HPV-1)



Algumas neoplasias da pele são causadas pelos tipos 2, 3, 4 e 16. Podem acometer mãos, pés e a mucosa das genitálias. Atenção, Não estou falando do melanoma, câncer de pele mais conhecido e agressivo. Este é outro tipo de tumor de pele.
Outros subtipos do HPV têm tropismo pelas mucosas, principalmente as genitais. Neste caso a transmissão é feita por via sexual.
O condiloma acuminado ou verruga genital é uma doença sexualmente transmissível, causado pelo HPV-6 e HPV-11, que se caracteriza pela formação de verrugas genitais, conhecidas popularmente como crista de galo. São lesões esteticamente inconvenientes mas com baixo risco de malignização.


Condiloma peniano HPV
Condiloma peniano


Condiloma vaginal HPV
Condiloma vaginal


Condiloma anal HPV
Condiloma anal

As infecções pelo HPV-6 e HPV-11 também estão relacionadas a cânceres do pênis, vagina, ânus e da orofaringe (parte superior do trato respiratório), este último em caso de contaminação por sexo oral. Outros subtipos como o HPV-16 também causam câncer nestas regiões.
Como o HPV é uma DST, o seu principal fator de risco é a prática de sexo sem preservativos, principalmente se for com vários parceiros(as). A camisinha diminui o risco de contágio, mas no caso específico do HPV, a sua eficácia parece ficar em torno de 70%, muito abaixo das de outras DSTs.

Câncer do colo do útero

A associação mais conhecida e comum entre HPV e câncer ocorre com o câncer do colo uterino.

HPVO colo do útero é a região mais inferior, fazendo a ligação entre o útero e a parte mais interna da vagina.
Existem 15 subtipos considerados de alto risco para o câncer do colo de útero, porém, pelo menos 70% deles são causados pelo HPV-16 e HPV-18.
Este é o tipo de câncer mais comuns entre as mulheres em todo o mundo. Praticamente 1 a cada 4 cânceres no sexo feminino é de colo do útero.

O câncer de colo uterino não costuma causar sintomas durante sua fase inicial. Por isso, o exame preventivo (exame de Papanicolaou) é muito importante e deve ser feito regularmente.
O exame de Papanicolaou é feito com um espéculo vaginal. Procede-se à esfoliação da superfície externa e interna do colo através de uma espátula de madeira e de uma escovinha. Desta maneira, consegue-se coletar células do colo uterino para avaliação microscópica e realizar a pesquisa do HPV.
Caso detecte-se a presença de uma lesão suspeita no colo do útero, deve-se proceder a sua retirada (excisão da zona suspeita). É importante salientar que as excisões apenas retiram áreas com risco de transformação maligna, mas o HPV continuará presente no organismo.
Em geral, recomenda-se o exame preventivo anualmente em todas as mulheres sexualmente ativas.
Em fases mais avançadas o câncer do colo do útero pode se manifestar como sangramentos vaginais que aparecerem fora dos períodos menstruais ou após relação sexual. Dor pélvica durante o sexo também pode ocorrer.
A associação de infecção genital permanente pelo HPV e o fumo aumentam ainda mais o risco de câncer. Nem todas as mulheres com HPV, mesmo com os subtipos mais perigosos, desenvolverão câncer. Por isso, nas mulheres com infecção comprovada, faz-se necessário abandonar o cigarro.
Outro importante fator de risco é a co-infecção pelo HIV. O câncer do colo do útero em pacientes com SIDA (AIDS) costuma ser muito agressivo.

Quem e quando fazer o exame preventivo
 Toda mulher que tem ou já teve atividade sexual deve submeter-se a exame preventivo periódico, especialmente se estiver na faixa etária dos 25 aos 59 anos de idade.
Inicialmente, um exame deve ser feito a cada ano e, caso dois exames seguidos (em um intervalo de 1 ano) apresentarem resultado normal, o exame pode passar a ser feito a cada três anos.
Se o exame acusou:
• Negativo para câncer: se esse for o primeiro resultado negativo, é necessário fazer novo exame preventivo daqui a um ano. Se já houver um resultado negativo no ano anterior, o exame preventivo deverá ser feito daqui a 3 anos;
• Alteração (NIC I): repetir o exame daqui a 6 meses;
• outras alterações (NIC II e NIC III): o médico deverá decidir a melhor conduta. Será necessário fazer novos exames, como a colposcopia;
• infecção pelo HPV: o exame deverá ser repetido daqui a 6 meses;
• amostra insatisfatória: a quantidade de material não deu para fazer o exame. Repetir o exame logo que for possível.
Independente desses resultados, é possível que a mulher possa ter alguma outra infecção que será tratada, devendo seguir o tratamento corretamente. Muitas vezes é preciso que o seu parceiro também receba tratamento. Nesses casos, é bom que ele vá ao serviço de saúde receber as orientações diretamente dos profissionais de saúde.

Vacina para HPV

Naquelas pessoas que desenvolvem infecção permanente pelo HPV, não há tratamento curativo disponível. Por isso, o advento da vacina foi uma passo importante na luta contra o câncer do colo uterino.
Existem 2 vacinas contra o HPV. Uma inclui os subtipos 6, 11, 16 e 18, e outra os 45 e 31. Portanto, a vacina inclui os principais, mas não todos os subtipos relacionados ao câncer de colo uterino. Logo, a vacinação não elimina a necessidade do exame preventivo anual já que não elimina em 100% o risco de câncer.
A presença do HSV-6 e HSV-11 na vacina ajuda na prevenção do condiloma acuminado.
A vacinação é feita em 3 etapas, sendo a segunda e terceira doses administradas 2 e 6 meses após a primeira.
A vacina tem sido indicada a partir dos 9 anos de idade e deve ser preferencialmente oferecida às meninas sem vida sexual ativa. Lembre-se que a vacina é uma prevenção e não tratamento do HPV. Não adianta vacinar que já teve contato com o HPV. Portanto, não se indica a vacinação em maiores de 26 anos, uma vez que virtualmente todas as mulheres nesta idade já foram expostas ao vírus.

A vacinação ainda não está indicada no sexo masculino.

A vacina não é feita com vírus vivo atenuado e por isso é bastante segura. Porém, como ainda não existem trabalhos comprovando a sua segurança na gravidez, ela não está indicada neste grupo.