A origem do uso do ácido retinóico está na descoberta da vitamina A no início do século XX. Temos necessidade diária de um consumo de 5.000 unidades de vitamina A, facilmente encontrada em vegetais amarelos e verdes. A deficiência da vitamina A provoca visão embaçada e faz com que a pele fique seca, avermelhada e descamada.
Durante a década de 30 a vitamina A foi utilizada em altas doses para tratar doenças da pele, mas seus efeitos colaterais (como dor de cabeça, zunido no ouvido, lábios cortados e ressecados, dores articulares e queda de cabelo) além da toxidade no fígado se usada em altas doses limitaram o seu uso.
Vegetais como a cenoura são uma fonte natural de Vitamina A, de onde vem o ácido retinóico.
Vegetais como a cenoura são uma fonte natural de Vitamina A, de onde vem o ácido retinóico.
Devido a essa alta toxicidade é que a vitamina A natural em altas doses foi abandonada e se começou a buscar derivados sintéticos. A Isotretinoina oral foi o primeiro derivado sintético da vitamina A aprovado nos EUA para tratamento da acne cística. Na mesma época o etretinato foi liberado para tratamento da psoríase.
Diferentemente desses dois derivados citados o ácido retinóico (tretinoina) é um metabólico natural da vitamina A. É a vitamina A ácida, a principal forma da vitamina encontrada na pele. Seu efeito se dá sobre o DNA da célula da pele, aumentando a capacidade de renovação da pele.
O primeiro uso do ácido retinóico tópico foi para o tratamento da Acne, com o tempo os pacientes relataram uma diminuição nas rugas, especialmente as mais finas, com o uso prolongado do medicamento.
Com a experiência clínica foi-se percebendo que todos os efeitos do fotoenvelhecimento (envelhecimento da pele devido à exposição ao Sol) podem ser diminuídos com o uso prolongado do ácido retinóico em gel ou creme. Ou seja, pode-se diminuir manchas e rugas. Além disso a pele fica mais fina, com uma coloração mais rosada, parecendo mais jovem. As células com pigmento são melhor distribuídas e diminui o agrupamento de tecido elástico com regeneração do colágeno.
Como efeitos adversos, principalmente depois das primeiras aplicações, o produto pode trazer ressecamento, vermelhidão e descamação da pele.
O grande problema do ácido retinóico é a que ele aumenta a sensibilidade da pele ao Sol: os pacientes devem usar filtro solar com FPS alto, aplicar o produto à noite e interromper o tratamento pelo menos 48 horas antes de se expor ao sol.
Na verdade o ácido retinóico deixa a pele mais sensível a tudo, especialmente perfumes e cosméticos, então durante o tratamento deve-se limpar a pele com sabonete neutro.
Tratamentos com ácido retinóico precisa de acompanhamento médico.
Tratamentos com ácido retinóico precisa de acompanhamento médico.
Existem derivados do retinóico com ação semelhante e menos restrições, como o tazacopeno. ”Os resultados são iguais e não há fotossensibilidade, mas ele não é encontrado no Brasil, e por isso o preço é alto”, comenta Otávio Macedo.
Além do tratamento para acne e para combater os efeitos do envelhecimento, o ácido retinóico também é usada no tratamento de estrias , e os bons resultados aparecem especialmente nas estrias mais recentes, de coloração avermelhada.
É importante lembrar que o ácido retinóico é um medicamento que necessita de prescrição e um acompanhamento constante de um dermatologista. Já o Retinol (nome que se dá a forma álcool dessa vitamina) pode ser usado em cosméticos (sem prescrição) e com efeitos bem menores se comparados ao ácido retinóico.
Na gravidez e na amamentação, o ácido retinóico é proibido: passa pelo leite, causa malformação no feto e pode afetar o desenvolvimento do bebê. Os resultados não são imediatos, deve-se usar o produto constantemente por pelo menos 6 meses para ver bons resultados.
Uso doméstico – O ácido retinóico não pode entrar na formulação de cosméticos, mas pode ser prescrito pele dermatologista para uso em casa, em concentrações baixas como 0,025% e 0,05%. Por ser extremamente fotossensível, só pode ser usado á noite.
Uso em consultório – O retinóico já foi mais requisitado para peelings, em concentrações de 1% a 5% em sessões semanais. Hoje, com a concorrências de substancias mais modernas e rápidas, ele esta sendo mais utilizado para complementar a ação de outros ácidos ou peelings.
Os medicamentos com ácido retinóico podem ser prescritos na forma manipulada, com a concentração ideal para cada tipo de pele e fase do tratamento. Existem duas formulações comerciais com o composto: o Vitanol A e o Retin-A
Além do uso estético, por atuar no DNA celular o ácido retinóico também tem sido usado de maneira promissora no tratamento de formas de câncer especialmente na pele e na bexiga (mas há estudos sendo feitos com sua aplicação também em outros tipos de tumores).
Eu uso ácido retinoico tem um ano e meio e hoje uma pessoa que não me via tem uns dois anos me perguntou se eu tinha feito plástica facial.. não vou parar de usar,claro tomando todos os cuidados,minha pele esta acostumada,não sofre ardência nem descamação,mesmo assim é nescessário alguns intervalos nas aplicações
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